quinta-feira, 29 de julho de 2010

CHÃS - A Capela propriamente dita e um prédio tipo garagem..

data22 de Julho de 2010 19:25
assuntoA Propósito da Velha Capela das Chãs‏
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ocultar detalhes 22 Jul (há 6 dias)
Autor: Moisés Espirito Santo


A polémica em torno da velha igreja de Chãs (Regueira de Pontes, Leiria) é uma amostra
 da decadência lusa. A lógica é esta: constrói-se um mamarracho, depois deitam-se 
abaixo as antigas construções circundantes para lhe dar largueza. Abrem-se estradas e 
constrói-se em terrenos agrícolas, depois diz-se que a agricultura é inviável. Destroem-se 
as casas para alargar as ruas em função dos automóveis. Destelham-se as antigas mansões senhoriais, fazendo entrar o vento e a chuva, para se justificar a sua demolição. Obstruem-se as fontes
 públicas para obrigar os naturais a comprar a água da rede. Projecta-se destruir centenas
 de aldeias para fazer passar um TGV Lisboa-Porto (para ganhar só 30 minutos 
relativamente à actual linha). Conclusão: percorrendo o País, um estrangeiro dirá que as
 aldeias vistas da estrada não têm mais do que 40 anos, quando já existem há mais de 
5 mil anos. Tudo arrasado. Em Espanha ou França há conjuntos de casas aldeãs que estão
 intactas desde há 600 ou mais anos (o problema é que os portugueses turistas não
 analisam, só lá vão pelo lazer). Destrói-se tudo o que lembre o «tempo da miséria»
 (como diz o povoléu referindo-se aos pais e avós) - visão de gente alienada, desmiolada,
 é o que isso significa.
Assim é a capela de Chãs. O pároco construiu com dinheiros do povo um «aborto de igreja»
 (em forma de garagem ou de armazém, o que interessa é fazer diferente do «antigamente»)
 mas por detrás da antiga. Como a nova ficou encoberta pela velha, propõe agora destruir
 a velha para a nova se ver, ganhar largueza e um adro afim de (penso eu, já conheço os 
costumes), uma vez por ano, aí organizarem um sarau com uma «banda rock», coristas, 
Zé-Café e Guida, Quim Barreiros ou congéneres. É assim que os párocos alinham com 
a modernidade. Excitam a vaidade colectiva da aldeia, põem os vizinhos a competir em
 ofertas, e aí temos uma «igreja digna». Para a Igreja católica as ideias de reforma,
 modernização ou actualização do catolicismo traduzem-se unicamente na construção 
de templos vistosos, caríssimos à custa da vaidade das colectividades que, aliás, os 
desertificam. A construção de novas igrejas é proporcional à diminuição dos sacramentos.
 E a Junta de Freguesia e o vereador da Cultura da Câmara de Leiria juntaram-se ao pároco
 para demolir a velha igreja. Santa aliança para a destruição!
Não haverá em mais parte nenhuma do mundo um lugar onde os autarcas militam ao lado
 dos clerigos para demolir uma velha igreja. Vemos no Público de16/7 que a Ordem dos
 Arquitectos defende a igreja antiga, «estimável obra de arquitectura, testemunho da
 religiosidade do passado» mas, diz o jornalista, «este parecer contraria a vontade da
 população que aprovou por unanimidade a demolição da igreja». O pároco defende que
 a «diocese também tem arquitectos que são a favor da demolição», que «a igreja não é
 constituída por pessoas analfabetas» e ele está «com o povo a 100 por cento». Vamos
 por partes: é sintomático que sejam os laicos a defender a memória da «religiosidade 
popular» contra os clérigos. Já chegámos a este ponto. Quanto á «unanimidade da 
população», é mentira. Por «unanimidade» entender-se-ia «todos os habitantes» da
 povoação (que contará 400 fogos), sem faltar uma pessoa, sem um voto contra e sem
 uma abstenção. Ora, houve várias reuniões em vários locais para debater o assunto mas
 «só lá foram alguns», que não se opuseram embora «ficassem tristes com a ideia»,
 dizem-nos localmente. Quer dizer, o pároco entende por «unanimidade» só os que ele 
arrebanha (que sejam analfabetos ou letrados é irrelevante). Convoca os adeptos para 
o apoiarem... e diz ao público que «está com o povo a 100 por cento». O chefe decide e 
o rebanho aprova (com medo de represálias politico-religiosas, serem mal recebidos aos
 balcões, perderem um subsídio...). Quem conhece estes chefes que os compre.
É assim que a memória destes sítios rurais habitados, organizados, laborados e cultuados
 desde há mais de 5 mil anos desaparece com o cliché popularucho da «modernidade». 
Chãs significa «terras rasas, planas». É o que fazem estes autarcas: em vez de conservar
r e restaurar, arrasam. Contra o «tempo da miséria»? Ora, eles e os políticos que os 
cooptaram, com o gastar perdulariamente os dinheiros públicos e privados, é que levaram
 à miséria – doravante moderna - em que os portugueses vão entrando... mas empenhados
 no bom «look» e na fachada de rico.
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António Nunes

 para Fátima
mostrar detalhes 00:58 (há 1 minuto)
Muito agradecido por esta informação.
Houve um blogue que transcreveu esta excelente intervenção. Por mim vou voltar à carga.
A capela tem, agora, um AVISO à população a dizer que a capela está fechada ao culto dos fiéis
por motivos de segurança.

É esta a Igreja Católica? São estes os Católicos? Preferem um caixote que dá para fazer patuscadas
 a ter um local emblemático, apelativo à concentração e à oração?!

Grandes Católicos que me saíram, a começar pelo Padre!

António Nunes

domingo, 25 de julho de 2010

ALEXANDRE HERCULANO NO 1º CENTENÁRIO


Esta placa toponímica e evocativa do 1º Centenário do nascimento de Alexandre Herculano encontra-se depositada (Junho de 2010) no Castelo de Leiria, no chão, juntamente com outros trabalhos de alvenaria, antigos, logo a seguir ao Portão de entrada principal.

Uma simples e mera sugestão poderíamos ser tentados a formular: agora, que decorre o ano de 2010, em que se está a comemorar o bicentenário de Alexandre Herculano, porque não dar um uso mais adequado a esta placa?
Porque não recolocá-la no seu poiso original, no próprio "Largo Alexandre Herculano"? Claro que seria honroso para a própria cidade de Leiria, que, ao lado desta placa fosse colocada outra placa ou outro tipo de evocação à data do bicentenário do nascimento de tão ilustre personagem da história e das letras portuguesas!

Se bem atentarmos nos pormenores do que está escrito nesta placa, verificamos que se faz referência à data de 28 de Abril de 1910. Na verdade, Alexandre Herculano nasceu em 28 de Março de 1810. É evidente que se poderá dizer que aquela data se reporta à data em que a evocação foi proclamada em Leiria. De qualquer modo, fica a suspeita de que alguém se terá distraído quando deu por concluído o trabalho. De notar que esta placa esteve colocada no próprio Largo em referência. Durante quanto tempo não tenho elementos disponíveis para precisar.

No ensejo desta nota evocativa de Alexandre Herculano é oportuno referenciar-se que:
"- Na parede do átrio do Teatro D. Maria Pia foi colocada uma placa comemorativa do 1º Centenário de Alexandre Herculano, como consta da acta da reunião realizada em 6.5.1910." João Cabral - Anais do Município de Leiria, vol. II - 2ª Edição 1993, CMLeiria.
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O pôr-do-Sol no Castelo de Leiria

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Leiria - Um recanto fabuloso... num momento único


Ao descer para o Largo da Sé, em Leiria. Estávamos em Junho de 2010. As árvores que se podem observar, em pleno vigor:
Padreiro - falso plátano
Jacarandá em flor
Tília tomentosa

Repare-se no chão atapetado com as pétalas da flor do Jacarandá, que entretanto, iam caindo...
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quinta-feira, 11 de março de 2010

À VOLTA DE LEIRIA


À volta de Leiria, na variante de ligação Norte à A1.
Em baixo, numa manhã solarenga, depois de muitas semanas de chuva, vento, frio...Na estrada do Alqueidão à Boavista - Leiria.

nota: estas fotos pretendia-se que tivessem ficado no post do "dispersamente" desta data. Mas não ficaram por causa da falta de espaço de armazenamento naquele blogue.
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domingo, 7 de março de 2010

Leiria - No centenário da Cruz Vermelha Portuguesa

Largo do Papa Paulo VI - integrado toponimicamente no "Largo 5 de Outubro de 1910"
A silhueta altaneira do Castelo de Leiria a espreitar os telhados do casario do Centro Histórico
A Torre Sineira da Sé de Leiria. Talvez a única que fica em local substancialmente separado da própria igreja.
A Sé Catedral de Leiria vista do alto dum prédio fronteiriço, do outro lado do Largo da Sé.
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Estávamos em finais de Fevereiro de 2010
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